Quebrada no meio da sala, a moça sorri
melancia desdentada.
Mais uma no meio da sala, da rua,
do nada.
Tentou correr, gritar o vizinho.
E como em sonho, a voz não fez eco.
Tempo de uma paulada.
Seus filhos desesperados na casa da avó
que nada pôde fazer, uma pena.
O mundo é grande, mas não era dela.
Debruçada no tapete de sonhos que nunca chegaram,
se lembra dos filhos, por isso sorri.
Mais uma estrela caída no meio do céu
escuro da sala, da rua
do nada.
Setembro de 2015
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