passaria dentro de um carro qualquer, roendo as unhas no mormaço da tarde. cortaria os cabelos e encheria o piso com o algodão preto na queda. numa bicicleta feliz, passaria de mãos dadas com a filha, sorrindo e olhando as vitrines. atravessando os olhos num mormaço em algodão, sentaria. ouviria o barulho da máquina que corta os cabelos negros. de dentro da vitrine roeria as unhas de mãos dadas com a tarde. abraçaria a queda numa bicicleta enquanto o algodão preto ouviria o barulho do piso. quebraria a vitrine, enchendo os olhos de mormaço. um mormaço que atravessa a rua e chega onde não está.
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embora
então , quando eu tiver ido, ficarão as flores para você cuidar não saberá qual foi a última vez em que as reguei o tempo de cada uma seu br...
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quando uma lágrima espessa brota destes lábios é porque dentro deles tua língua há de ter navegado tão calma e profundamente que de não...
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diariamente leio sobre poetas críticos teóricos do meu tempo e de outros em busca de respostas mais que isso em busca de perguntas que ...