recuo no espaço
gelado canto do quarto
animal ameaçado.
recuo do medo que me pressiona
contra a parede.
faço força,
contrário à saída da porta
estagnada pelos ponteiros.
correria do frio constante
não me fossem as pálpebras escuras.
e se o medo é uma pressa
que vem de todos os lados,
Rosa não me pode salvar.
as pétalas me tocam os pés
com secura e sem perfume.
de onde vêm as mãos
que me sufocam o crânio?
buscando a explosão
desse grito abafado.
não me posso salvar, ruído.
carcaças mentais aflorando
nas paredes.
Já posso acordar.
Agosto de 2014
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