Uvas verdes com gosto da noite.
Havia nelas a suspensão de toda loucura.
Mastiguei não somente a fruta,
mas a angústia que dormia e ardia no sufoco.
Deixei as sementes na cama, na trilha de Fróes.
Elas brotaram em brasa.
O copo d'água embaixo do abajur
lembrava o sono da luz e nada se movia.
Era preciso acender apagar acender
apagar a brasa que queimava os lençóis
e quase fervia a água.
Não, as uvas foram engolidas.
O vestígio de sua morte
havia ficado na cama, inerte, esperando novo plantio.
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