com a volúpia de construir ainda
um mundo possível, acima de nós
abaixo já existiam pés quebrados
e linhas tortas portas fechadas
ventando memórias do fim
as suas mãos me traziam para dentro
de uma vida sem sombras
no tato de não medir esperas
[para nascer de mim a mulher sem promessas
tive que carregar a mulher fraca que sempre fui
e fazer da escuridão minha casa
desenterrar os ossos da carne
sentir nos nervos a imensidão dos pulsos abertos]
*
sentir nos nervos a imensidão dos pulsos abertos]
*
Nenhum comentário:
Postar um comentário