[a solidão é tudo que está em volta]
mas esqueci o lápis que marca o limite
de onde nascem as conchas
e de onde brotam as pedras
a Júlia gosta do som das conchas
e de como elas choram no espaço em branco
olhar em volta é a parte difícil
mas não há para onde não olhar
tudo parece suspenso e o balão ainda está lá
porque há manhãs que nunca chegam
e o silêncio se repete, repete a luz e a cena
porque nos deixamos cortar
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embora
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