estava enfiada no aquário.
eu sufocava na água
de pensamentos
que eu não podia suportar.
a sinfonia dos meus erros
ressoando tão perto
tão perto de quem eu era,
eu tinha urgência
em acabar
meus olhos fechados
para a luz, as flores
já pensadas
para o final
meu momento
a minha vibração
dentro do vidro
os peixes mortos
na água que deslizava
das paredes dos meus ais.
fui conduzida pelo eco
agudofundo...
quebrou-se o vidro.
súbito que foi
não vi
não senti
não mais
nem dor
meu viveiro:
estilhaços
de esquecimento.
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