Boca-de-leão
num céu de flores
desmanchando
em pingos de chuva
vejo seu manso corpo
disforme no espaço
e as flores correndo, descendo
e voltando ao seu tronco
como monarcas
em direção ao sul
na pupa de um tempo
que não passa
e demora, demora esse não-ser
do seu corpo ainda
longe, nublado
ouço o percorrer de pétalas
atordoadas buscando
o mar
entre pernas e passos
e abismo
e só vejo seu corpo
no ar.
ela é azul.
26/09/15
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Eeei Lidia! Não sou muito de ler versos, mas os seus são tão bonitos e conversam um tanto comigo... Sempre passo aqui para ler, hahaha! Parabéns pelo blog, beijos!! ^_^
ResponderExcluirVirgínia! Fiquei feliz em ver que havia um comentário aqui e mais feliz ainda por ser um comentário seu!
ResponderExcluirMe sinto honrada por isso, flor! Que bom que os versos a afetam de forma tão íntima e positiva!
Beijos e muito obrigada! *--*