o ônibus passa
e para.
da calçada, olhos
atravessam o vidro.
olhares bifurcados
insustentáveis em sua procura.
o vidro é uma armadura
reveste os ossos
improdutivos depois
das seis.
do lado de fora, o estrado
prolifera pernas e olhos
num espetáculo desastroso
de nunca chegar.
transito em passagens
nos recortes diários
de uma janela inorgânica.
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embora
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Maravilha!! Parabéns, Lídia!!!
ResponderExcluirEvandro, obrigada pela leitura e fico feliz que tenha gostado!
ResponderExcluirHistoriador! haha :)