passaria dentro de um carro qualquer, roendo as unhas no mormaço da tarde. cortaria os cabelos e encheria o piso com o algodão preto na queda. numa bicicleta feliz, passaria de mãos dadas com a filha, sorrindo e olhando as vitrines. atravessando os olhos num mormaço em algodão, sentaria. ouviria o barulho da máquina que corta os cabelos negros. de dentro da vitrine roeria as unhas de mãos dadas com a tarde. abraçaria a queda numa bicicleta enquanto o algodão preto ouviria o barulho do piso. quebraria a vitrine, enchendo os olhos de mormaço. um mormaço que atravessa a rua e chega onde não está.
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floriografia
tentei ler as flores que trazia nas mãos mas tudo o que vi foram ramos secos de um tempo que já passou *
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aceitei a escuridão desde cedo e assim me fiz casa *
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Pensa tanto no passado que às vezes se esquece de que já se mudou de lá. 6/10/15
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Ela correndo ainda sem saber que ele já ultrapassou a linha de chegada.